segunda-feira, 17 de maio de 2010

A esperança vem do esporte

A realidade do Jardim Jaqueline, periferia de São Paulo, já não é a mesma há alguns anos. A violenta região abriu espaço para a esperança, a harmonia e a paz. Professores faixa-preta de Aikidô realizam, desde 2003, um trabalho voluntário que ensina o esporte a menores carentes da favela.

O lema do Aikidô ensinado às crianças do Jardim Jaqueline é “Fuja da agressão, jamais devolva na mesma moeda”. Ensinar tais valores a jovens cuja realidade é a violência e o medo tem um sabor especial para a arte marcial que de tão pacífica não promove torneios, mas sim confraternizações entre os atletas.

O esporte tornou-se uma grande fonte de inclusão social. Além do trabalho realizado em bairros carentes, deficientes físicos e visuais também podem praticar a arte marcial gratuitamente através de projetos como o desenvolvido pelo mentor do Dojo Harmonia, José Bueno. A filosofia de não ataque e de amor ao próximo é evidente nas ações realizadas pelos voluntários.

Segundo o criador do esporte, o japonês Morihei Ueshiba (1883-1969), “Nenhuma vitória é completa se cria um derrotado”. É essa a educação que os aikidocas desejam desenvolver no coração e na mente das crianças do Jardim Jaqueline. Ensinar que, mesmo vivendo em meio ao conflito, esses jovens podem fazer a diferença, mudando a realidade e o destino de cada um ao abrir caminhos para um futuro diferente.


A consciência de não ofensa ao outro dentro da agressiva periferia traz a reflexão sobre a importância do respeito a cada adversário. O Aikidô cumpre assim sua missão de evitar o confronto, mesmo que seja na luta diária pela sobrevivência.



Foto1: Isto É: 30/04/2003 - Aula no morro do Jardim Jaqueline em São Paulo
Foto 2: Divulgação/Internet

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